Recentemente, conversando com minha esposa, nos pegamos pensando na palavra desenvolver e ficamos bastante espantados em ver que a primeira definição no dicionário Michaelis, não era bem o que esperávamos.
A primeira definição fala de:
“Tirar do invólucro,
descobrir o que estava envolvido”
e não necessariamente da aprendizagem como geralmente a referenciamos – especialmente no mundo corporativo onde desenvolvimento é palavra de ordem há décadas!
Entretanto, quando olhamos para um bebê, esta definição faz todo o sentido. Assim, desenvolver é o processo de “separar” mãe e bebê, afinal, uma vez nascido e apesar da ligação emocional sempre existir entre mãe e filho(a) este pequeno ser humano precisa agora se des-envolver. Não será um processo rápido, nem tampouco indolor, mas é necessário e natural.
AInda sobre crianças, o Dr. José Martins Filho, que é pediatra, reforça a importância do afeto e do vínculo para o desenvolvimento psíquico-emocional de uma criança, se você tem interesse em saber mais sobre a formação de adultos (e como a infância é importante para os futuros colaboradores de sua empresa), assista ao trailer do Documentário “Os primeiros mil dias das crianças” (o comentário sobre o (des)envolvimento do bebê é a partir dos 2:10):
Apesar de ser um assunto fascinante, não é nesse ponto que quero focar hoje.
Vamos voltar a palavra DESENVOLVIMENTO; por longos anos, durante meu tempo como colaborador de diversas empresas, eu entendia o desenvolvimento como uma atribuição da empresa: ora se eu estou aqui, trabalhando pela empresa ela que me desenvolva para novos desafios, ou mesmo para produzir mais e melhor, certo? Humm, hoje eu vejo que eu estava errado…
Nos acostumamos com a definição de que desenvolver é um processo extrínseco à nossa natureza, alguém deve nos desenvolver, sinceramente, acho que devemos isso ao alto custo dos bons treinamentos. Isso na década de 90 e início dos anos 2000 talvez fosse verdade, hoje em dia, não mais.
Com o advento da internet, o acesso à informação tornou-se abundante. Logicamente isso gerou um outro problema em relação à qualidade da informação, mas essa é uma outra discussão.
Assim, se a informação está disponível, o paradigma de que a responsabilidade pelo seu desenvolvimento é do seu empregador, cai por terra completamente.
Assim como um bebê, então precisamos nos desvencilhar das amarras que transferiam a responsabilidade sobre o nosso desenvolvimento para outros e precisamos começar a correr atrás de nossas competências (sim elas mudam, como o mundo muda). As competências que tínhamos podem não ser mais suficientes para aquilo que queremos desenvolver e se já conhecemos algumas competências necessárias para nossos desafios futuros, por que não as conquistamos?
Olhando para os seus últimos 3 meses, o que você fez para se desenvolver? Fez algum treinamento formal? Informa? Pago? Gratuíto? Leu algo interessante? Assistiu à alguma palestra inspiradora?
A internet tem vários recursos interessantes e que precisam ser explorados e compartilhados, quer dicas? TED Talks, Coursera, Udacity, Udemy, e muito em breve, você poderá contar com a experiência dos consultores da e-Projects em alguns temas, se quiser maiores informações, acesse nosso site e aguarde!
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