Nesta última semana, me deparei com 2 regras (processos definidos), questionáveis ao se analisar o ambiente em que ambas foram aplicadas, e sob uma ótica de gerenciamento de projetos, gostaria de tecer alguns comentários.
Vamos começar falando da regra cômica, sim, por incrível que pareça existem regras cômicas e sem sentido, para não se falar outra coisa.
Recentemente abriu um Supermercado próximo a minha casa, e neste final de semana, resolvi fazer uma compra lá. Peguei minha moto e fui, assim poderia me divertir um pouco (ao andar de moto) e comprar o que precisava.
Qual não foi minha surpresa, quando, após estacionar a moto em uma vaga de carro (oras, a vaga estava disponível eu poderia parar lá, certo?) o segurança veio me abordar dizendo que eu não poderia parar ali.
Como assim – Perguntei – e a única resposta que recebi era que era uma regra do supermercado. Aos que me conhecem sabem que não suporto uma regra que não seja lógica. A não ser que eu seja convencido de determinada regra não a aceito.
Com duas ou três frases trocadas (nas quais expus que se eu tivesse ido de carro, teria ido sozinho da mesma maneira, compraria a mesma quantidade, pagaria da mesma forma, por que não poderia usar aquela vaga?) o próprio segurança se percebeu ridículo ao tentar defender a famigerada regra.
Como golpe de misericórdia, nós tivemos a felicidade (ou para ele a infelicidade) de ver duas garotas, com não mais de 20 anos, tirar seu carro de uma vaga exclusiva de idosos. Em tempo de Copa do Mundo, “isso pode Arnaldo?” Não, não pode…
Resumo da ópera, deixei a moto na vaga e fui fazer minhas compras.
No mesmo final de semana, precisei levar um ente querido para tomar uma injeção, ao questionar em uma fármacia (de uma grande rede) se lá eles aplicavam a medicação fui informado que sim, mas não naquela farmácia, uma vez que a sala de aplicação estava em reformas.
Maravilha! Compramos a medicação e a balconista, continuando sua explicação, também nos orientou a comprar uma seringa de 5ml, pois como regra da fármacia, a seringa poderia ter somente 1/3 de sua capacidade cheia. Não entendi muito a regra pois a medicação era de apenas 1ml (logo a seringa de 2ml – e consequentemente com uma agulha menor – poderia ser utilizada).
Sem entender da regra, comentei com meus familiares que regra é regra, e eu estava feliz de ver uma regra ser seguida! Viva os processos!
Fomos então para a outra loja da rede para aplicação da medicação. Procuramos a farmacêutica e ao questionar a regra da aplicação, a farmacêutica “quebrou” a regra e disse que era apenas uma besteira… besteira ou não neste momento fui do céu ao inferno em poucos minutos.
De muito feliz por ver uma colaboradora da primeira farmácia defender os processos à farmacêutica responsável abolindo-o, acho que estas situações retratam muito bem o comentário do ex jogador e treinador de Baseball Leo Durocher:
E agora deveríamos pensar em como as regras corporativas que enfrentamos no nosso dia-a-dia são inteligentes ou não, e mais importante, o quanto precisamos conhecer estas regras para de uma forma ética, não deixar que a “burro-cracia” atrapalhe o que precisa ser feito!
Será que estamos apáticos em relação aos processos que convivemos? Será que perdemos a disposição para questionar e mudar aquilo que não é bom?
Por outro lado, será que as regras que fazemos, quando estamos em posições de liderança são as melhores possíveis?
Deixe seus comentários abaixo, quais são as boas e péssimas regras que vocês encontram em seus projetos?
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